Nunca deu uma entrevista na vida, são raras as fotos suas a circular e pouco se sabe sobre ele. Mas é um dos portugueses com mais poder nos bastidores financeiros e até políticos. “Não há presidente de um banco no País, nem político ao mais alto nível, que não o conheça e não o leve em conta”, garante o antigo ministro socialista Jorge Coelho, seu amigo de longa data. Fernando Campos Nunes, 65 anos, é dono de uma das maiores fortunas do País. Só em participações empresariais, tem um património de 803 milhões de euros, segundo a última avaliação da revista Exame. A Visabeira, a holding que criou para as áreas das telecomunicações, tem crescido sem parar e é, atualmente, das que têm maior peso nacional.
Como ele, também João Serrenho, o dono das Tintas CIN que se tornou, recentemente, acionista da TVI, Avelino Gaspar, que dirige a maior empresa nacional de produção de aves, e cujos filhos decidiram também comprar ações da Media Capital, Eduardo Rangel, que lidera o grande negócio de logística na Península Ibérica, e Humberto Pedrosa, que controla a Barraqueiro e que é acionista da TAP, preferem atuar nos bastidores.
Partilham os lugares na lista dos mais ricos do País ao lado de clãs como os Amorim, os Queirós Pereira, os Viola ou os Mello, mas são raras as suas aparições e vivem em grande discrição. Estão sempre entre os convidados das comitivas presidenciais e ministeriais nas visitas ao estrangeiro, têm todos títulos de comendador ou de grande-oficial, atribuídos por serviços prestados ao País, mas não gostam de holofotes e são desconhecidos de muitos portugueses. Todos eles montaram verdadeiros impérios familiares que mantêm com mão de ferro.
Este artigo não está disponível na íntegra no site. ASSINE AQUI e leia a edição digital da VISÃO em primeira mão.
Se JÁ É ASSINANTE da VISÃO digital, leia na aplicação a nova edição ou clique AQUI.