Cerca de 200 pessoas, entre os 20 e os 30 anos de idade, participaram numa festa ilegal que teve lugar num bunker em Oslo, capital da Noruega, no passado sábado – e 25 acabaram por ser hospitalizadas devido a envenenamento por monóxido de carbono.
Sete pessoas foram encontradas inconscientes dentro do bunker devido à inalação do gás. As autoridades apuraram que o envenenamento foi causado por geradores portáteis, utilizados para alimentar sistemas de iluminação e som.
O monóxido de carbono é um gás inodoro e incolor produzido pela queima de combustíveis à base de carbono, incluindo petróleo, madeira e carvão. É prejudicial à saúde, uma vez que retira o oxigénio das células vermelhas do sangue, causando sérios danos nos órgãos.
Um participante na festa contou à emissora televisiva NRK que, antes da chegada das autoridades, saiu várias vezes do bunker para tomar ar fresco. “Quando se está numa sala sem janelas com 50 a 60 pessoas, o ar fica pesado”, disse a fonte anónima, citada pela BBC. O participante acrescentou, ainda, que outras festas foram realizadas no mesmo local ao longo do verão.
O evento foi organizado de forma ilegal com três semanas de antecedência, sendo que não se sabe quem foram os responsáveis. Vidar Haukeland, chefe da empresa proprietária do bunker, descreveu a rave como uma “séria invasão” de propriedade, acrescentando que a empresa não se encontra envolvida no sucedido.
No início do mês de agosto, a Noruega proibiu a venda de bebidas alcoólicas em bares depois da meia-noite, após o aumento do número de infecções por coronavírus. De acordo com o ministro da Saúde norueguês, Bent Høie, a legislação deverá voltar a ser analisada este mês.