De acordo com uma lei de 1992, os chuveiros nos Estados Unidos da América não podem despejar mais de 9,5 litros de água por minuto. Depois de terem surgido os sistemas com várias cabeças de chuveiro, a Administração Obama estabeleceu que as restrições têm que se aplicar ao total de água que sai das cabeças. O que a Administração Trump propõe agora é que esta quantidade (9,5 litros) seja por cada cabeça, aumentando assim a pressão da água.
Em julho, Trump tornou este assunto pessoal. “Chuveiros… nós tomamos um duche e a água não sai”. “Queremos lavar as mãos e a água não sai. Então o que é que fazemos? Ficamos lá mais tempo ou tomamos um duche mais longo? Porque o meu cabelo, não sei em relação a vocês, mas tem que estar perfeito. Perfeito”, disse.
Andrew deLaski, diretor executivo do grupo de conservação de energia Appliance Standards Awareness Project, disse que a proposta era “tonta”. “Se o presidente precisar de ajuda para encontrar um bom banho, podemos indicar-lhe alguns sites ótimos de consumidores que ajudam a identificar um bom chuveiro, que proporciona uma imersão densa e um bom banho”, acrescentou.
Vários especialistas do ramo acreditam que esta decisão é desnecessária e consideram-na um desperdício, especialmente numa altura de seca, onde 33% do território norte-americano está em seca moderada ou extrema.
David Friedman, vice-presidente de defesa da organização Consumer Reports, disse que os chuveiros nos Estados Unidos já “alcançam altos níveis de satisfação do cliente”, enquanto economizam dinheiro para as pessoas.
De acordo com dados do Departamento de Energia e a Associed Press, das 12 499 cabeças de chuveiro existentes 74% usam apenas 7,5 litros.