Quando assistiu à largada do navio-hotel Douro Serenity do cais de Gaia para subir o rio até Barca d’Alva, Manuela Carlos estava cheia de “curiosidade” acerca do que ia encontrar no percurso desta viagem de cinco dias. Em primeiro lugar, queria descansar e não se preocupar com nada. Depois, queria usufruir e experienciar uma região de que se fartava de ouvir falar, mas que nunca tinha tido oportunidade de conhecer. Sentada no deck, saboreando a brisa no rosto, esta professora da Escola da Tecnologia, Inovação e Criação (ETIC) de Lisboa não fazia ideia de que estava a inaugurar o primeiro cruzeiro vocacionado para portugueses. A viajar sozinha, Manuela procurou, no momento da escolha, um programa de navegação, uma marca que não lhe fosse estranha e chegou ao momento de inscrição.
“Não foi fácil”, confessou depois à VISÃO, porque deparou ainda com o site da Douro Azul em adaptação para a venda de viagens diretamente ao público. “Mas despertou-me todo o interesse conhecer o Douro pelo rio.” Foi, por isso, com grande expectativa que deslizou sob as cinco das seis pontes que unem Porto e Gaia e assinalam a saída das cidades, num navio que transportava cerca de duas dezenas de viajantes e outros tantos tripulantes. Agora, podia respirar fundo e deixar-se levar.
E esta é precisamente uma viagem para se deixar levar… Para contemplar, observar e surpreender-se com o que a paisagem lhe oferece a cada curva do rio – que pode ser muito e diferente, consoante o olhar de cada um. São 200 quilómetros de percurso a atravessar o vale do Douro, que nos vão mostrando paisagens com diferentes caraterísticas, à medida que se sobe o rio até ao início do Douro internacional. A partir daí, o rio separa Portugal de Espanha, e a inexistência de eclusas impede a sua navegação.
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