Ryan Reynolds e Blake Lively casaram em 2012 numa antiga plantação de escravos na Carolina do Sul, EUA.
O assunto foi alvo de debate após uma recente entrevista de Reynolds à Fast Company. O ator já tinha sido alvo de críticas, e até acusado de hipocrisia, quando, em 2018, publicou um tweet a manifestar o seu apoio ao lançamento do filme “Black Panther”, da Marvel Studios, nomeado para o Oscar de Melhor Filme no ano passado. A longa-metragem foi vista como inovadora devido ao facto de apostar na representação da comunidade negra num filme de super-heróis.
O ator de “Deadpool” disse à Fast Company que a realização da cerimónia em Boone Hall, uma antiga plantação de trabalho escravo na Carolina do Sul, é “algo impossível de conciliar”. Acrescenta que “é algo que sempre lamentaremos {ele e a esposa] profundamente e sem reservas”. Diz, ainda, que o que viram na época foi apenas um “local de casamento no Pinterest”, mas o que viram depois “foi um local construído sobre uma tragédia devastadora”.
O ator afirma que é com os erros que se aprende, e que a situação o levou a perceber de que poderia haver uma forma de remendar o sucedido. Após no ano passado terem feito uma outra doação de 1 milhão de dólares ao Centro da Juventude dos Direitos da Criança Imigrante, o casal evitou falar no assunto por considerar que, muitas vezes, as ações das celebridades de raça branca, acabam por abafar as vozes das celebridades negras.
No passado mês de junho, Lively e Reynolds doaram cerca de 200 mil dólares aos Fundo Educacional e de Defesa Legal da NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor). Para além disso, Reynolds publicou uma mensagem na sua conta de Instagram, onde revelou vergonha pela sua “desinformação em relação ao racismo sistémico” que ainda predomina nos dias de hoje. “Estamos comprometidos em educar os nossos filhos de modo a que eles não compactuem com este louco padrão, e para que eles não causem dor nos demais, de forma consciente ou inconsciente”, diz. “É o mínimo que podemos fazer para honrar não só o George Floyd, a Ahmaud Arbery, a Breonna Taylor e o Eric Garner, mas também todos os homens e mulheres negras que foram mortos quando as cameras não estava a filmar”, pode ler-se na publicação.