Uma amostra de saliva, encontrada no edredão que cobria a cama de Maddie, pode ter a chave para o desfecho do caso. Estava no quarto onde os McCann passavam férias quando a criança desapareceu, na praia da Luz, em 2007. Daí ser a mais recente esperança da polícia alemã para ligar o desaparecimento da menina ao novo suspeito.
É verdade que, à época, os técnicos forenses portugueses não encontraram ADN compatível com Christian B. Trata-se de um alemão de 43 anos, que cumpre pena por pedofilia num outro caso, numa prisão em Kiel, no seu país.
Mas as autoridades alemãs acreditam que se trata de uma amostra vital. E consideram que os seus cientistas devem realizar novos testes. Alegam, acima de tudo, que com tecnologia mais recente, será possível verificar se corresponde ao mais recente suspeito da sua investigação. E que poderá encerrar o caso, já que o Ministério Público alemão já fez saber que não acredita que a menina esteja viva.
Só que poderá não ser assim tão simples. Como salienta a Sky News, não é claro que a polícia portuguesa possa enviar a amostra, guardada no Instituto de Medicina Legal de Coimbra – por questões legais. Nem sequer que o aceite fazer, depois das críticas recentes de Hans Christian Wolters, o promotor alemão em Braunschweig.
Recorde-se que Wolters, na semana passada, não se coibiu de acusar a polícia portuguesa de estar convencida de que os pais de Maddie eram os responsáveis pelo seu desaparecimento. Mesmo depois de os mesmos terem sido descartados oficialmente como suspeitos em 2008.