Valentina Fonseca, a menina de 9 anos que estava desaparecida desde a madrugada de quinta-feira, 7, foi encontrada morta na manhã de domingo. Fonte da Polícia Judiciária (PJ) diz à VISÃO que o pai e a madrasta da criança foram detidos na sequência do desenvolvimento da investigação e deverão ser em breve apresentados a um juiz, para que sejam decretadas as medidas de coação.
O corpo da menina foi encontrado no concelho de Peniche, na sequência de informações prestadas pelos alegados autores do homicídio. As circunstâncias da morte continuam a ser investigadas, mas tudo aponta para um homicídio acidental seguido de ocultação de cadáver e simulação de desaparecimento.
“Não sabemos ainda as circunstâncias da morte. Mas sabemos que quem oculta um cadáver tem responsabilidades nessa morte”, diz à VISÃO fonte da PJ.
A criança tinha guarda partilhada entre os dois progenitores e estava a passar esta semana com o pai, na localidade de Atouguia da Baleia. Foi o próprio pai a comunicar o desaparecimento da menina à GNR, na manhã de quinta-feira.
Mãe e pai haviam reconstruído a sua vida na sequência da separação e tinham novas famílias. Não há evidências de situações de litígio entre ambos.
A GNR comunicou o desaparecimento à Polícia Judiciária logo na quinta-feira, e desde então várias entidades trabalharam juntas na busca da criança, que, confirma fonte da PJ, já tinha fugido da casa do pai uma vez, em 2018, situação que terá depois tido a intervenção da Comissão de Proteção de Menores.
“O desaparecimento é uma situação de risco. Uma criança pode desaparecer por três razões: fuga, rapto ou morte. Nós [PJ], em conjunto com a GNR, fomos tentar falar com as pessoas mais próximas da criança. Sabíamos qual era a casa onde tinha estado e sabíamos que, se fosse uma fuga, não poderia estar muito longe. Não conseguindo encontrar a criança, começámos a perceber que havia coisas que não faziam sentido”, explica a mesma fonte à VISÃO.