Chama-se Quaden Bayles, tem nove anos e saiu da escola em lágrimas, depois de ter sido gozado pelos colegas. “Dá-me uma faca, por favor, eu quero morrer”, diz o garoto à mãe, que filmou tudo e partilhou a gravação nas redes sociais. O vídeo tornou-se viral, e o menino acabou por ser surpreendido pelo apoio de duas figuras bem conhecidas do público fã de cinema e super-heróis.
Primeiro, foi Hugh Jackman, o protagonista de Wolverine: “Quaden, és mais forte do que imaginas, companheiro, e não importa o que possa acontecer, tens aqui um amigo.” O pequeno vídeo tem perto de 30 segundos e nele Hugh sublinha ainda: “A vida é suficientemente difícil. Toda as pessoas enfrentam algum tipo de batalha. Assim, vamos ser gentis uns com os outros, ok?”, remata Jackman.
Também Mark Hamill, que interpretou Luke Skywalker em Star Wars, fez questão de mostrar a sua solidariedade com o miúdo: “Meu rapaz, não sei o nome da tua mãe, mas vi o vídeo e quero que saibas que tens amigos. Eu sou um deles”, sublinhou o ator, antes de rematar: “ainda não nos conhecemos, mas vamos mudar isso, sim?”
“É isto que o bullying faz”
A autora do vídeo chama-se Yarraka, vive em Queensland, na Austrália, e diz que partilhar aquele vídeo era a opção que lhe restava depois de, mais uma vez, ao ir buscar o filho à escola, o encontrar em lágrimas. “Ele não quer que eu faça uma cena na escola”, justifica. “Acabou por ser melhor assim”, diz, citada pela Sky News.
Quaden, que nasceu com nanismo de acondroplasia, condição genética que afeta o crescimento, só repetia: “quero morrer agora”. Ao mesmo tempo, pedia uma faca e ameaçava espetá-la no coração. A mãe sublinha: “é isto que o bullying faz”, antes de explicar que agora precisa estar sempre de olho no filho, por recear eventuais tentativas de suicídio. “É todos os dias isto e estamos cansados”, desabafa ainda a mãe.
Mas a surpresa maior pode ser ainda da equipa indígena de Rugby All Stars, que já convidou o rapaz a entrar com eles em campo, este sábado: “Sabemos que estás a passar por um momento difícil, mas estamos aqui.”