A organização humanitária, liderada atualmente por Francisco George, celebrou esta terça-feira, 11 de janeiro, 155 anos da sua chegada a Portugal e recordou os milhões de pessoas que tem conseguido ajudar desde a sua fundação. Num comunicado publicado no site da instituição, a CVP destaca o seu trabalho junto de vítimas de violência doméstica, através da intervenção e proteção com medidas de apoio à distância como a teleassistência e revela que “foram acolhidos, no âmbito do Programa de Recolocação de Refugiados, 235 pessoas e apoiadas mais de 2 500 crianças e 1 800 idosos, no ano de 2018”.
A CVP conta atualmente com cerca de 10 mil voluntários, que ajudam ao trabalho dos 2 mil funcionários da instituição, o que permite assegurar cuidados geriátricos domiciliários a mais de mil pessoas, apoiar milhares de famílias vulneráveis, dar aulas a mais de 1 500 alunos séniores e acolher 3 500 crianças nas creches, ATL e outros centros de ensino da CVP. A organização gere ainda 6 casas de abrigo por onde já passaram 2 700 mulheres vítimas de violência doméstica e os seus filhos menores, segundo os dados disponibilizados.
A Cruz Vermelha pode desenvolver também, em parceria com as suas congéneres internacionais, operações fora do território português, tal como aconteceu recentemente com a Operação Embondeiro – criada em conjunto com a Médicos do Mundo para dar resposta às consequências do ciclone Idai, que em março do ano passado devastou a região centro de Moçambique. Nessas operações, participam geralmente também professores e alunos das escolas de saúde da CVP que integram as missões em regime de rotatividade.
Em Portugal, “a CVP abrange todo o território nacional e ilhas, contando com 150 estruturas locais e estruturas de apoio e acompanhamento diferenciado, de cariz social, nomeadamente, creches, infantários, centros de atividades de tempos livres e Centros de Apoio à Familiar. Acrescem, ainda, às valências da Cruz Vermelha, Serviços Autónomos como o Hospital, o Complexo de Neurointervenção para apoio a pessoas com demência, o Lar Militar, a Escola de 2º ciclo na Madeira, a Escola de Socorrismo que forma mais de 9 600 pessoas por ano, as Escolas, Superiores e Profissional, com cerca de 2 000 alunos”, lê-se no mesmo comunicado.
A organização é financiada através de doações pontuais e regulares, e geralmente lança, para projetos específicos, campanhas de recolhas de donativos específicos.