Não tem pedais, não tem volante, não tem espelhos, não tem bancos, não tem para-brisa nem janelas. Não tem nada que lhe permita levar um condutor ou um passageiro. O Nuro R2 é o último degrau na escala evolutiva dos veículos autónomos. Enquanto os outros são em tudo idênticos aos carros tradicionais (sendo até obrigatório terem alguém atrás do volante, para recuperar o controlo numa eventual falha do sistema), este pequeno automóvel foi concebido para ser 100% autónomo, sem a mínima interferência humana.

O projeto, iniciado há quatro anos por um ex-engenheiro da Google que esteve na génese do carro autónomo do gigante da internet, teve agora luz verde das autoridades americanas para começar a andar nas estradas de Houston, a maior cidade do Texas. Esta fase de testes em ambiente real, sem ninguém atrás do volante (em sentido figurado), só foi autorizada devido ao facto de ter uma velocidade máxima limitada a 40 km/h, além de ser muito pequeno. Apesar de tecnicamente ser um carro de mercadorias, foi desenhado para levar encomendas de tamanho reduzido, como sacos de compras ou pizzas.
Um dos dois fundadores da empresa, Dave Ferguson, considerou em comunicado que este era um marco histórico para a indústria automóvel e pediu que sejam revistas as regras dos reguladores, que têm dificultado o progresso tecnológico. “A partir daqui, precisamos de modernizar os regulamentos existentes, que nunca imaginaram um veículo sem motorista ou ocupantes, e todos na indústria devem trabalhar para garantir que a tecnologia de mobilidade autónoma seja testada e implantada nos veículos mais seguros.
“O regime de exceção para o Nuro R2 permite que, durante os próximos dois anos, cheguem a estar cinco mil destes automóveis nas estradas de Houston.
