O grupo sueco de mobiliário e decoração Ikea chegou a acordo com os pais de uma criança americana que morreu asfixiado debaixo de uma cómoda modelo Malm – o bebé, de dois anos, puxou uma gaveta e a cómoda caiu-lhe em cima. A empresa terá de pagar 46 milhões de dólares (cerca de €41 milhões) à família de Jozef Dudek, informação que já foi confirmada por um dos porta-vozes da empresa.
“Apesar de nenhum acordo alterar os eventos trágicos que nos trouxeram aqui, pelo bem da família e de todos envolvidos, estamos gratos que este caso tenha tido uma resolução. Continuamos comprometidos a trabalhar para resolver questões de segurança que são muito importantes para nós”, comentou um dos porta-vozes da Ikea, citado pela CNN.
O casal processou a Ikea em 2018, num tribunal da Pensilvânia, nos EUA, onde se encontra a sede americana da empresa, por considerar que, depois de outras mortes reportadas, a empresa “não tomou medidas adequadas” para melhorar a segurança das peças. Em 2016, o Ikea já tinha pago cerca de €44 milhões às famílias de três outras crianças que morreram na sequência de episódios semelhantes aos do bebé Jozef.
Feldman Shepherd, o escritório de advogados que representa a família Dudek, disse em comunicado que este pagamento se trata da maior indemnização por negligência paga nos EUA envolvendo a morte de uma criança.
Em 2015, a Ikea lançou nos EUA e no Canadá um campanha publicitária para sensibilizar quem tivesse comprado estas cómodas Malm (que pesam cerca de 32kg) a fixarem-nas à parede. Um ano depois, face ao número de mortes reportadas, a empresa viu-se obrigada a recolher todos os modelos deste móvel vendidos nos EUA (29 milhões de unidades), incluindo cómodas Malm de 4, 5 e 6 gavetas. A família Dudek não se apercebera do anúncio de recolha.
