“É o início da era da aviação elétrica”, disse Roei Ganzarski, presidente da empresa responsável por projetar o motor elétrico da aeronave. E acrescentou: “Isto prova que a aviação comercial de forma totalmente elétrica pode funcionar.”
A avião descolou do Aeroporto Internacional de Vancouver na manhã de terça-feira e sobrevoou o rio Fraser numa viagem que durou menos de 15 minutos. A autonomia da bateria permite que a aeronave percorra distâncias até 160 km.
A aeronave de 6 lugares – um e-Beaver DHC-2 equipado com um motor elétrico de 750 cavalos – foi projetada pela MagniX, uma empresa de engenharia australiana, em parceria com a Harbour Air, uma companhia americana que transporta anualmente meio milhão de passageiros em viagens de curta distância no Canadá.
Além da eficiência de combustível, os motores elétricos do avião permitirão à empresa economizar milhões em custos de manutenção. “O nosso objetivo é eletrificar toda a frota”, confidenciou Greg McDougall, presidente executivo da Harbour. No entanto, durante os próximos dois anos a aeronave terá de ser submetida a novos testes para averiguar a segurança do aparelho e o motor elétrico tem ainda que ser aprovado e certificado pelos reguladores.
O presidente da empresa de engenharia australiana, Ganzarski, avançou que os voos económicos de curta distância totalmente elétricos podem tranformar a forma como as pessoas se conectam e como se deslocam para o trabalho. “Se as pessoas estão dispostas a conduzir uma hora até chegarem ao local de trabalho, porque não voar 15 minutos para ir trabalhar?”.
A aviação civil é uma das principais fontes responsáveis pelas emissões de carbono em todo o mundo. A Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) aconselha as companhias de aviação a adotarem motores de biocombustíveis mais eficientes e a implementarem porcessos de otimização das suas rotas.