Nos 60 anos, as capturas globais aumentaram mais de 1000%. Um estudo da revista Fisheries Research estimou que cerca de seis milhões de toneladas de atum são capturadas anualmente, uma taxa que corre o risco de levar as populações de atum a níveis insustentáveis ou até mesmo à extinção.
“A pesca do atum expandiu-se a todo o lado e está a capturar-se peixe à taxa mais alta possível”, disse ao The Guardian Angie Coulter, investigadora da iniciativa Sea Around Us, da Universidade da Colúmbia Britânica.
A procura crescente pelo atum enlatado desde a II Guerra Mundial alimentou a expansão massiva da indústria, lembram os investigadores, que apontam os avanços tecnológicos, como a mecanização e a refrigeração, como os grandes impulsionadores.
O declínio das populações de atum pode ameaçar as cadeias de produção alimentar (e empregos) em todo o mundo, assim como desestabilizar a própria cadeia alimentar, sublinha Angie Coulter, uma vez que o atum é predador e presa também – comem peixes mais pequenos e alimentam tubarões e baleias, por exemplo.
O estudo concluiu que 67% da apanha mundial de atum ocorre no Oceano Pacífico e é obra de frotas japonesas e americanas; 12% acontece no Índico e outro tanto no Atlântico.