As grandes manifestações começaram em junho, dois meses depois do Executivo propor uma lei que permitiria a extradição de cidadãos para a China. Nesse dia 9 de junho, um milhão de pessoas saíram à rua em protesto contra a possibilidade de as autoridades passarem a poder deter e extraditar pessoas que são procuradas em territórios com os quais Hong Kong não tem acordos de extradição, incluindo a China continental e Taiwan – recorde-se que Hong Kong foi um colónia britânica até 1997, altura em que passou a fazer parte da China através do acordo “um país, dois sistemas”, ou seja, tem o seu próprio sistema de leis, vários partidos políticos e direitos essenciais garantidos, como a liberdade de expressão.
12 de junho
Violentos confrontos entre a polícia e os manifestantes levaram a à detenção de dezenas de protestantes. As autoridades lançaram gás lacrimogéneo e dispararam balas de borracha.
15 de junho
A líder do executivo, Carrie Lam, anuncia a suspensão da proposta de lei de extradição, mas não a retira.
16 de junho
Dois milhões de pessoas manifestam-se nas ruas de Hong Kong. Exigem a retirada completa da proposta de lei e uma investigação independente à ação da polícia.
Julho
Manifestações prosseguem. Suspeita-se que membros das tríades chineses, pró-Pequim, se misturaram e atacaram os manifestantes.
Agosto
As ruas continuam cheias de gritos de ordem pró-democracia e a polícia dispara a primeira bala de fogo para dispersar a multidão ao mesmo tempo que começa a utilizaer canhões de água.
O governo de Hong Kong diz que o impacto de dois meses de protestos na economia local será superior ao da crise financeira global.
4 de setembro
Carrie Lam, líder do Governo, anuncia a retirada total da proposta de lei de extradição, mas não fala em qualquer investigação aos atos policiais.
Os manifestantes continuam a exigir um inquérito independente à brutalidade da polícia e os protestos mantêm-se com outras três reivindicações: a libertação das centenas manifestantes detidos, que os protestos não sejam considerados como motins e a demissão da chefe de Governo, Carrie Lam.