“Ineficazes e arriscadas.” É este o veredicto de um estudo britânico publicado na revista científica Sexual Medicine Reviews sobre as cirurgias de extensão de pénis. Mais: muitos homens ficam física e psicologicamente afetados depois destas intervenções, que acarretam um grande risco de complicações, como dormência permanente.
A meta-análise, que incidiu sobre 17 estudos que abrangem um total de 1192 homens, “descobriu que o resultado dos tratamentos é fraco, com baixas taxas de satisfação e um risco significativo de complicações graves, incluindo deformação e encurtamento do pénis, além de disfunção erétil”, escrevem os autores.
O urologista Gordon Muir, um dos médicos envolvidos na investigação, sublinha ao jornal The Guardian que estas intervenções “quase nunca devem ser feitas”. “Custam 30 a 40 mil libras [€35 a €46 mil] e muitas vezes o homem acaba com um pénis desfigurado. E a taxa de satisfação com estas intervenções não ultrapassa os 20%.”
Os autores dizem que “a vasta maioria” dos homens que fizeram estas operações tinham pénis médios, atribuindo a necessidade das operações a ideias adulteradas sobre o tamanho ideal. “Quando existe, o aconselhamento médico é eficaz, com a maioria dos homens a perceber que os seus pénis são normais e a desisitirem de avançar para uma intervenção.”