A tendêndia para anos cada vez mais quentes é clara: 18 dos 19 anos mais quentes desde que há registo ocorreram de 2001 para cá. E o ano passado fica em quarto lugar, atrás de 2016, 2017 e 2015.
“Os cinco anos anos mais quentes foram, de facto, os últimos cinco”, afirma Gavin A. Schmidt, diretor do Goddard Institute for Space Studies, o instituto da NASA responsável pela análise, em conjunto com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOOA), divulgada esta quarta-feira. “Já não estamos a falar de uma situação em que o aquecimento global é algo futuro. Está aqui. É agora”, alerta.
Em 2018, as temperaturas estiveram 0,83 graus Celsius acima do registado entre 1951 e 1980. Desde 1880, quando começaram a ser registadas as temperaturas globais, a superfície aqueceu uma média de um grau, uma subida que Schmidt explica, em grande parte, com as emissões de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa para a atmosfera.
O mesmo relatório apresenta a região do Ártico como a que apresentou a maior tendência de aquecimento, com a consequente perda de gelo e aumento do nível do mar.
A análise teve em conta os dados recolhidos em 6300 estações meteorológicas, bóias, e estações de investigação na Antártida.