Todos os anos, o Bulletin of The Atomic Scientists – organização sem fins lucrativos sobre segurança e ciência – faz uma exibição pública do Doomsday Clock (Relógio do Apocalipse”) durante uma conferência. E o fim do mundo continua a dois minutos de acontecer.
No ano passado, vários académicos e cientistas, incluindo 15 prémios Nobel, puseram os ponteiros nas 23h58 – a dois minutos da simbólica meia-noite. Este ano, na conferência realizada hoje em Washington D.C, nos EUA, o relógio foi apresentado com a mesma hora.
“O facto de o Doomsday Clock estar na mesma são más notícias”, referiu, citado pela CNN, Rob Rosner, presidente do Bulletin’s Science and Security Board.
Razões para estarmos próximos da destruição: armas nucleares e alterações climáticas.
“Os EUA abandonaram o acordo nuclear com o Irão e anunciaram que se retirariam do Tratado de Forças Nucleares de alcance intermediário, medidas graves para controlo do desmantelamento de armas”, escreve-se no Bulletin.
Já quanto ao clima, “as emissões globais de dióxido de carbono – que pareciam ter estabilizado no início da década – voltaram a crescer em 2017 e 2018”.
Este “relógio do Apocalipse” existe desde 1947, na altura, estávamos a sete minutos da destruição. Em 1953, com a corrida às armas nucleares por parte da Rússia e dos EUA, os ponteiros também estiveram nas 23h58. O maior número de minutos para a meia-noite (17) aconteceu em 1991.