Um anticiclone na Europa Central adiou a chegada do outono, mas ele aí está, com 15 dias de atraso em relação ao calendário. As temperaturas mínimas já caíram para valores normais nesta época do ano e as máximas descem “dois a três graus” na quarta-feira, dia em que a chuva dará um ar de sua graça, “no Sul e no Interior Centro” do País. Na quinta, 11, os aguaceiros vão estender-se a todo o território continental, “com maior intensidade no Norte e no Centro”.
Estas são as principais notas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) sobre a mudança no estado do tempo que vai ocorrer ao longo desta semana, nesta fase ainda com “variações” quer ao nível das temperaturas, quer ao nível da chuva. “Não haverá dias contínuos de precipitação até ao próximo fim de semana, e a temperatura, depois de baixar, voltará a subir na sexta e no sábado, para voltar a descer no domingo”, informa o IPMA.
Com o enfraquecimento e desvio, para Leste, do anticiclone que “estava a bloquear” o aparecimento de “depressões com ondulações frontais” em Portugal, compatíveis com a terceira estação do ano, na quinta-feira o País já estará sob o efeito de uma superfície frontal fria que trará as primeiras chuvas pós-verão.
Setembro de 2018, classificado pelo IPMA como “extremamente quente e seco”, foi o mês de setembro mais quente desde que há registos em Portugal (1931), com uma temperatura média de 23 graus Celsius, 2,78º acima do normal. O verão terminou oficialmente à 1h54 do passado dia 23, mas as condições meteorológicas caracterísitcas da estação mais quente prolongaram-se até à primeira semana de outubro. Agora, só em 2019.