Houve o caso do vestido branco e dourado (ou era azul e preto?) em 2015, houve vários outros pelo meio, como o dos morangos, no ano passado (embora neste caso toda a gente visse vermelhos, apesar de a imagem não ter um único pixel desta cor) e eis agora um áudio no centro de uma discussão generalizada: num breve clip, uma voz gerada por computador diz uma palavra – uns ouvem “Laurel” e descrevem uma voz masculina grave, outros percebem “Yanni” num tom mais agudo.Antes de mais, oiça aqui:
A gravação tornou-se viral esta semana, depois de aparecer no Reddit e chegar rapidamente ao Twitter, onde se mantém como o tema mais popular, tendo já merecido a atenção de várias celebridades, como Ellen Degeneres:
Mas como se pode ouvir coisas tão diferentes a partir do mesmo som? Ao The Guardian, David Alais, da Escola de Psicologia da Universidade de Sydney, avança uma teoria: trata-se de um exemplo de um “estímulo percetualmente ambíguo”, que faz com que o cérebro não consiga decidir-se quanto ao que está a ver ou a ouvir, neste caso. “Podem ser vistos de duas formas e frequentemente a mente oscila entre duas interpretações”, explica, como no caso da Jarra de Rubin, em que tanto se vê uma jarra como duas caras de perfil.
No Twitter também não faltam explicações e houve quem, mexendo com as frequências obtivesse a clara distinção entre as duas palavras ouvidas: