“É sabido que as dúvidas que justificam essa diligência nasceram a partir da divulgação pela comunicação social de documentação que constará do processo em que foi constituído arguido (e onde há mais de dez meses aguarda por ser ouvido) e com a qual ainda não foi confrontado pela autoridade judiciária competente”, adianta um comunicado enviado à agência Lusa pelo seu advogado Ricardo Sá Fernandes.
Desta forma, Manuel Pinho entende “que essa audiência apenas pode ter lugar depois de ser interrogado pelo Ministério Público”.
Os deputados do PSD e do PS pediram a audição do ex-ministro do governo de José Sócrates para esclarecer as alegadas suspeitas que lhe têm sido imputadas, como o recebimento não 1 mas dois milhões de euros do alegado saco azul do Grupo Espírito Santo.
Na nota, o advogado revela que Manuel Pinho está na China, em atividade académica para dar aulas e fazer conferências, “mas deslocar-se-á a Portugal quando necessário, desde que avisado com antecedência razoável”.
Segundo Ricardo Sá Fernandes, o ex-ministro, tendo sabido da iniciativa do PSD de solicitar a sua audição na Assembleia da República “agradece a oportunidade que lhe é dada e vem dizer que prestará todos os esclarecimentos atinentes às questões que os deputados lhe queiram colocar relativamente quer ao período em que foi ministro, quer antes, quer depois”, mas que só fará depois de ser interrogado pelo Ministério Público.
com Lusa