Como começou a doença Alfie Evans?
Tinha 23 meses e estava em coma há mais de um ano depois de ter sido atingido por uma doença, no início, misteriosa. Nos primeiros sete meses de vida o seu desenvolvimento não foi igual ao de outros bebés. A família diz que ele começou a fazer “movimentos bruscos e semelhantes a convulsões”, mas os médicos terão dito que era por ser “preguiçoso no desenvolvimento”.
Em dezembro de 2016, apanhou uma infeção e foi colocado em suporte de vida no Hospital Infantil Alder Hey, em Liverpool (Ingalterra).
O que é que Alfie tinha?
Segundo os médicos, tinha uma doença degenerativa neurológica e está em estado semi-vegetativo. As esperanças de vida do menino eram quase nenhumas, mas ele lutou para recuperar da infeção e começou a respirar sozinho (sem o auxílio de ventilação). Depois disso, e no hospital, voltou a apanhar nova infeção e foi ligado outra vez ao ventilador. Os médicos do Alder Hey dizem que é do interesse da criança que a ventilação seja parada.
Quem são os pais de Alfie?
Tom Evans e Kate James, ambos na casa dos 20 anos, são de Liverpool. Sempre fizeram pressão junto do sistema judicial para manter o filho vivo, já que que os médicos diziam que mais tratamentos seriam inúteis.
Porque é que o pequeno Alfie esteve no meio de uma batalha judicial?
A batalha legal entre os pais de Alfie e os médicos, que durou meses, teve intervenções do papa Francisco e das autoridades italianas, que apoiaram as pretensões da família de que o filho recebesse tratamento num hospital do Vaticano, concedendo-lhe a cidadania italiana.
Médicos e juízes têm a mesma opinião de que não vale a pena fazer mais tratamentos e que a ventilação deve ser retirada. O casal Evans tem perdido todas as batalhas na justiça e, na última segunda feira, o Supremo Tribunal negou o último recurso da família.
A ventilação foi retirada, mas Alfie continuou a respirar e os pais fizeram novo recurso urgente, na terça-feira, 24 de abril, também este recusado.
Porquê a questão de o levar para Itália?
Um hospital, em Roma, ofereceu-se para acolher e tratar Alfie. Os pais estavam à espera que o tribunal autorizasse a saída do menino do Alder Hey para que pudesse ir para Itália. O transporte aéreo estava assegurado pelo hospital que se propunha recebê-lo.
O pai disse que tinha sido informado que poderia ser preso se levasse o filho, já que haveria polícias na enfermaria.