Apesar do alerta amarelo emitido para todo o País, devido às temperaturas baixas, ainda não se pode falar de uma onda de frio, porque são preciso seis dias consecutivos com as temperaturas abaixo de um determinado valor, para que esse fenómeno ocorra. “As temperaturas estão ligeiramente abaixo do que é normal para o mês de fevereiro, mas estar frio nesta época do ano não é estranho”, explica Joana Sanches, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Os critérios para emitir o alerta amarelo são diferentes consoante a região do País. “Por exemplo, a partir de um grau negativo é emitido o alerta em Viana do Castelo, é preciso chegar aos três graus abaixo de zero na Guarda e a partir de três graus em Lisboa, e tem de ter alguma persistência, pelo menos 48 horas seguidas de observação de temperaturas baixas”, justifica Joana Sanches.
Sem dúvida de que o vento forte é o responsável pelo aumento da sensação de desconforto térmico, e tão depressa o vento não vai reduzir. Até pelo contrário, vai aumentar já a partir desta tarde de segunda-feira, entre as 15 e as 18 horas, no Litoral e nas terras altas, intensificando-se até quarta-feira, 7.
Só na sexta-feira, 9, devido à passagem de uma superfície frontal fria pelo território nacional, as temperaturas máximas e mínimas vão aumentar em dois ou três graus. É provável que haja alguma precipitação, logo desde quinta-feira, 8, no fim do dia no Minho e depois na sexta-feira em todo o território. Apesar de algumas oscilações de vento e de frio, o tempo frio vai manter-se até à terça-feira de Carnaval. Depois deste período, o IPMA não tem, para já, previsões de que haja, novamente, alerta amarelo em todo o País.
Em dias de frio intenso saiba o que DEVE e NÃO DEVE FAZER, segundo recomendações da Direção-Geral da Saúde
-Não adormecer muito perto da fonte de calor;
-Não utilizar fogão a gás, forno ou fogareiro a carvão para aquecer a casa. Também não deve utilizar equipamentos de aquecimento de exterior em espaços interiores;
-Promover uma boa circulação de ar, não fechando completamente as divisões da casa, mas evitando as correntes de ar frio;
-Não usar roupas demasiado justas que dificultem a circulação sanguínea;
-Não andar descalço no chão frio ou molhado;
-Não ingerir bebidas alcoólicas que provocam vasodilatação com perda de calor e arrefecimento do corpo;
-Evitar fazer exercício físico de esforço ao ar livre;
-Se tiver de realizar trabalho de intensidade física, deve proteger-se com roupa adequada e dosear o esforço;
-Procurar manter-se seco e evitar arrefecer com a roupa transpirada no corpo;
-Evitar caminhar sobre o gelo devido ao risco de lesões por queda;
-Não sair de casa com o bebé ou recém-nascido nos dias de frio intenso;
-Evitar ir à rua nas horas do dia de frio mais intenso (de manhã cedo ou ao final do dia);
– Manter a temperatura da sua casa entre os 18ºC e os 21ºC;
– Usar várias camadas de roupa, em vez de uma única muito grossa;
– Proteger as extremidades do corpo (com luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e usar calçado adequado às condições meteorológicas;
– Fazer refeições mais frequentes encurtando as horas entre elas;
– Preferir sopas e a bebidas quentes, como leite ou chá;
– Aumentar o consumo de alimentos ricos em vitaminas, sais minerais e antioxidantes (por exemplo, frutos e hortícolas), pois contribuem para minimizar o aparecimento de infeções.