O projeto apresenta-se como uma cerveja pensada e criada por uma jovem corajosa filha de um guerreiro lusitano – O’phelia – que quis manter o domínio celta na Península Ibérica aquando da ida do seu pai para a Irlanda.
Lendas à parte, falamos de uma fusão entre a cerveja artesanal Maldita, um produto nacional feito desde 2013 na microcervejeira Faustino e o Whiskey irlandês Jameson Original.
Esta cerveja esteve 10 meses a estagiar em 10 barris de Jameson e nas garrafas esteve ainda mais algum tempo. Concluído o processo, a cerveja foi apresentada ontem na Barbearia Purista, em Lisboa.
O resultado é pioneiro em Portugal – são apenas 3500 exemplares de uma cerveja bastante robusta, que é um digestivo e não deve ser bebida fria, quase sem espuma e pouco gaz e com o toque mais forte e adocicado do caramelo de carvalho, que procura agradar os amantes da cerveja e do Whiskey. Tem 8% de teor alcoólico mas, quando a provar vai questionar este valor.
Para já fizemos este número “mas quem sabe daqui a dois anos não estamos a criar uma prima da O’phelia”, diz Gonçalo Pereira, o gestor da marca Jameson em Portugal que propôs a parceria com a Maldita. Questionado sobre o maior desafio do projeto, Gonçalo Pereira salientou a dificuldade de chegar a um rótulo que abarcasse toda a história da O’phelia. A solução foi uma mulher marcada, com tatuagens e a postura de uma lutadora persistente.
O mesmo nome mas outra história tem o cervejeiro criador da O’phelia e um dos Responsáveis pela cervejeira Faustino, Gonçalo Faustino, que garante: não somos um povo cervejeiro, como são os irlandeses, mas temos a curiosidade e o potencial para reconhecer valor a uma boa cerveja. O cervejeiro foi à Irlanda aprender a técnica e, posteriormente, mostrar o resultado final para receber a total aprovação deste que é que é um dos maiores consumidores e produtores de cerveja no mundo.
As O’phelias estarão à venda em pontos de venda associados à cerveja artesanal como a Cerveteca ou o Duque Brewpub com um valor de 7.49€ por unidade.
(Artigo de Carolina Bernardo Pereira e fotos de Gustavo Figueiredo)