Criada em 1889 no Japão, a Nintendo começou por produzir cartas artesanais de uns baralhos tradicionais chamados Hanafuda. Só muito mais tarde, nos anos 50, a empresa se uniu à Disney e começou a fabricar cartas com motivos das animações. Depois de vários negócios falhados, a empresa quase faliu nos anos 70, até que começou a fabricar pequenos aparelhos eletrónicos, os Game & Watch. A grande mudança chega uma década mais tarde, com o lançamento da primeira consola e do jogo cujo herói acabaria por se transformar num dos seus ícones, o Super Mário.
Das cartas para as apps
Começaram por ser procuradas nas consolas portáteis Game Boy no início dos anos 90, e depressa as 722 criaturas mágicas do universo Pokémon saltaram dos videojogos para as cartas, desenhos animados e brinquedos. Criados no Japão, os Pokémon, ou pequenos monstros, depressa se tornaram populares entre as crianças, que tinham por missão apanhar os seres mágicos e treiná-los para combaterem entre si. Com o lançamento do Pokémon Go, há três semanas, a empresa valorizou cerca de 11 mil milhões de euros em bolsa e, apesar de esta semana ter perdido 18% do seu valor, a marca Pokémon continua a ser o maior sucesso da empresa.
O jogo
Afinal, o que tem de diferente o Pokémon Go? A novidade prende-se com a exploração da realidade aumentada, misturando o ambiente real com as criaturas virtuais. Ao apontar um telemóvel ligado à internet e com sinal GPS para um dos bonecos, surge no ecrã a paisagem real. O objetivo é igual: cada jogador é desafiado a encontrar e apanhar os diferentes animais.
Pikachu
O Pokémon mais famoso e que se transformou no símbolo do jogo é o Pikachu, um animal amarelo, uma mistura de gato, rato e coelho, com o superpoder da eletricidade.
Todos querem lucrar
Em Portugal, mais de uma dezenas de hotéis e restaurantes têm programas e pessoal dedicado para apoiar os clientes na busca destas criaturas nos seus espaços. Existem ainda motoristas com circuitos criados para ir caçar Pokémons raros, ginásios com as melhores batalhas e até newsletters com a lista dos melhores programas para os caçadores.
E a seguir?
Depois deste sucesso, a Nintendo já anunciou o investimento em acessórios para o jogo, como um relógio ou uma peça que se liga através de Bluetooth ao smartphone e que acende uma luz e vibra sempre que os jogadores encontram Pokéstops ou monstros virtuais. Com esta estreia, que conquista jovens e adultos, muitas outras empresas deverão entrar neste mercado, lançando novos jogos do mesmo género.