Jovens em pijama e roupa Interior a ler jornais, a dançar e a beber, num ambiente de festa, não podem ilustrar o catálogo de uma coleção de roupa em Inglaterra. É proibido. Até porque nas primeiras páginas deste catálogo de primavera os modelos aparecem vestidos e, à medida que se folheiam as páginas, vão perdendo peças de roupa até acabarem todos numa cama a consultarem as notícias do dia.
A entidade reguladora da publicidade em Inglaterra considerou esta “sequência de imagens sexualmente sugestiva” e mandou retirar de circulação a ação comercial de uma das marcas de vestuário mais afamadas entre os jovens britânicos.
A Jack Wills, a marca em causa, alegou que se tratava de “uma festa de pijama” durante um “fim de semana fora de casa”, ilustrativo da “fase da vida” que atravessa o seu público alvo – “jovens universitários dos 18 aos 24 anos” – e sem qualquer intenção de “encorajar a atividade sexual de menores”. Mas a Advertising Standards Authority (ASA), que regula a atividade publicitária no Reino Unido, acrescentou que utilizar em cima daquelas imagens expressões como “o que está por baixo é que conta” ou “marotice da meia-noite” tornava a combinação “suficientemente sexual”, catalogando-a de “inapropriada” e “irresponsável”, em violação do código da publicidade.
Em sua defesa, a Jack Wills argumentou ainda que os catálogos só eram enviados para adultos, e foi precisamente a denúncia de um pai, indignado com a campanha, a desencadear a abertura do processo pela ASA, que concluiu que os adolescentes facilmente poderiam ter “acesso direto ou indireto ao catálogo” que decidiu censurar.