São vários os estudos que sugerem que a vida sexual influencia o estado de espírito de uma pessoa. Segundo um deles, aumentar a frequência do sexo de uma vez por mês para uma vez por semana pode dar-lhe a mesma felicidade que receber um bónus de 50,000€.
No entanto, uma equipa de investigadores na Carnegie Mellon University provou que fazer mais sexo não o fará mais feliz, pelo contrário, pode deixá-lo mais infeliz. O objetivo do estudo era determinar qual elemento – sexo ou felicidade – era a causa e qual o efeito.
“Apesar de parecer plausível que o sexo tem efeitos benéficos na felicidade, é igualmente plausível que a felicidade afeta o sexo”, escreveu a equipa no estudo.
Para este estudo, a equipa contou com 64 casais adultos voluntários, casados e heterossexuais e perguntou-lhes com que frequência tinham relações, o quão agradável eram e o quão felizes eram no geral, baseando-se em questionários que mediam o humor e a energia. Os 64 casais foram divididos, aleatoriamente, em dois grupos. A um dos grupos foi pedido que fizessem duas vezes mais sexo que o habitual. Casais que tivessem relações uma vez por mês (o mínimo pedido para o estudo), teriam que fazer duas vezes e os casais que tivessem relações três vezes por semana (o máximo pedido) teriam que fazer seis vezes. Ao outro grupo foi pedido que continuassem com a sua vida sexual habitual.
Ao longo dos 90 dias de duração do estudo, os participantes responderam a questionários online sobre a quantidade e qualidade das relações que tiveram no dia anterior e o impacto que estas tiveram no seu humor.
Surpreendentemente, fazer mais sexo não fez os casais mais felizes. A energia e entusiasmo do casal diminuiu, bem como a qualidade do sexo. Tanto os homens como as mulheres disseram que o aumento das relações não foi muito divertido.
“Contrariamente do que seria de esperar, observámos um impacto negativo no humor ao induzir as pessoas a terem mais sexo”, disse George Loewenstein, o professor de economia e psicologia que liderou o estudo.
Além disso, os investigadores estipularam também que os casais ao serem forçados a terem relações, sentiram-se menos motivados para o fazer, e por isso a qualidade do sexo diminuiu.
Mas o importante a reter deste estudo, segundo o que Leowenstein disse ao The Times, é que quando se trata de sexo e de ser feliz, o importante é que nos concentremos na qualidade e não na quantidade.