O nome não engana: a Second Skin (segunda pele), inventada pela equipa liderada por Robert Langer, do americano MIT, apresenta- -se como o derradeiro milagre antienvelhecimento. Ao fim de nove anos de experiências, os investigadores, financiados por duas pequenas empresas de Cambridge, chegaram a uma fórmula química que imita as propriedades de uma pele jovem. Espalha-se um polímero de polisiloxano e depois um catalisador de platina que liga as moléculas. O resultado é uma fina película invisível e elástica que respira, mantém a hidratação e reflete a luz.
“Uma pessoa não sente que está a usá-la”, diz Langer, que começou por testá-la em papos debaixo dos olhos, mas já tem na calha adaptar a fórmula para ser aplicada noutras zonas da cara ou do corpo. Publicado no jornal Nature Materials, o estudo deixou parte da comunidade científica cética, porque ainda só foram apresentadas fotografias, e de baixa resolução. O facto de ter envolvido apenas 170 voluntários também não ajuda à credibilidade. Mesmo assim, o entusiasmo foi grande quando se soube que, com o uso continuado, a Second Skin será capaz de melhorar a pele a longo prazo. E, melhor ainda, poderá ajudar a tratar problemas de pele como o eczema e a psoríase. A má notícia é que deve ser retirada após 24 horas.