Robin Wright interpreta o papel de Clair Underwood, a primeira-dama fictícia da multipremiada série House of Cards, na qual divide o pequeno ecrã com Kevin Spacey, que interpreta o presidente Frank Underwood. De acordo com o Huffington Post, após perceber que a sua personagem era tão importante quanto a de Spacey, a atriz decidiu exigir o mesmo salário que o seu co-protagonista.
Em 2014, o Business Insider avançou que Kevin Spacey ganhava cerca de 440 mil por episódio, sendo um dos homens mais bem pagos da televisão norte-americana. Enquanto Robin Wright ganhava, de acordo com a Forbes, cerca de 370 mil euros, uma diferença de 70 mil euros por episódio.
“Era o perfeito paradigma. Existem poucos filmes ou séries de televisão em que o papel masculino e feminino são iguais. E, em House of Cards, eles são iguais!”, disse Wright numa entrevista na Rockerfeller Foundation. “Eu vi as estatísticas e a personagem Claire Underwood foi mais popular que a de Frank durante um tempo. Então eu usei isso. Eu disse ‘é melhor pagarem-me ou eu vou contar tudo publicamente’. E eles pagaram”, continuou.
Tal como Kevin Spacey, Wright apareceu nos 52 episódios da série transmitida pela Netflix. Além disso, supervisionou vários episódios e juntou-se a Spacey como produtora executiva da mais recente temporada.
Já não é a primeira vez que atrizes norte-americanas se queixam da desigualdade salarial em Hollywood. Jennifer Lawrence, Emma Watson, Olivia Wilde, Patricia Arquette, Emma Thompson e Gwyneth Paltrow são vozes ativas desta causa.