O ex-comissário britânico para a igualdade e direitos humanos, citado pela Newsweek, não esteve com meias palavras: “Estão a criar nações dentro das nossas nações”.
Na sua visão, as sociedades ocidentais têm mesmo o dever de monitorizar a vida das populações de minoria étnica, para assim impedir que se criem guetos – e sublinha que as escolas devem limitar a inscrição de muçulmanos a um máximo de 50 por cento, como medida fulcral para fomentar a integração social. O abismo entre os britânicos muçulmanos e os seus compatriotas é, conclui, cada vez maior.
Polémicas, as declarações de Phillips pretendiam analisar os resultados de um grande inquérito feito no Reino Unido sobre as atitudes dos muçulmanos, e que serviu de base a um documentário realizado pelo Channel 4.
Segundo a sondagem, um em cada cinco muçulmanos britânicos nunca entrou na casa de um não-muçulmano; 39% dos muçulmanos, homens e mulheres, afirmam que a mulher deve sempre obedecer ao marido; 31% ainda defendem que o homem tem direito a mais de uma mulher; 52% dos muçulmanos também pensa que a homossexualidade devia ser ilegal. Outros 23% consideram que a lei da Sharia devia ser aprovada, em vez de qualquer outra proposta que esteja no Parlamento.
“Há 20 anos, publiquei o relatório ‘Islamofobia: um desafio para todos nós’, considerando que havia risco acrescido de discriminação contra os muçulmanos. Parece que interpretámos tudo ao contrário”, remata o ex-comissário britânico – que assinou ainda um artigo no diário britânico Daily Mail, no qual era ainda mais explícito: “trata-se de uma luta de vida ou morte pelo islamismo britânico, mas é uma guerra a que a maioria de nós não quer assistir. Temos mesmo de tomar partido.”