Desde os 12 anos que Alexandra Allen, do estado norte-americano do Utah, sofria graves crise de erupção cutânea sempre que a sua pele entrava em contacto com água. Primeiro, os médicos suspeitaram que seria uma reação ao cloro ou outros químicos para tratar a água das piscinas, uma vez que foi numa piscina o primeiro episódio. Mas quando, no verão passado, Alexandra teve de ir de urgência ao hospital depois de nadar num lago, os clínicos tiveram de encontrar outra explicação.
À revista People, o pai recorda como a jovem, agora com 17 anos, sofria com “uma erupção cutânea insuportável e tinha contusões nos cotovelos e joelhos porque sangrava para as articulações”.
Só em 2013, quando o irmão mais novo, então com 10 anos, pesquisou os sintomas de Alexandra na Internet, é que a família ouviu falar de “urticária aquagénica”, uma doença rara e incurável de que só há 50 portadores no mundo.
Para confirmar o diagnóstico, o dermatologista da jovem fez-lhe vários testes, incluindo um banho morno que Alexandra descreve agora como “excruciante”.
Atualmente, leva injeções de um medicamento para a urticária e toma apenas dois duches de cinco minutos por semana, com água fria.
Até agora, a adolescente não tem qualquer problema em beber água, mas uma mulher britânica com a mesma doença, com quem falou recentemente, relata que teve de deixar de o fazer porque o esófago ficou afetado à medida que os anos passavam.