Segundo a ministra francesa da Saúde, o governo da França está a planear um projeto de lei que proíbe as modelos excessivamente magras, que multe as casas ou agências de moda que as contratam e que, inclusivamente, envie os agentes para a cadeia.
A França, país das indústrias da moda e de luxo, no valor de dezenas de milhares de nilhões de euros, juntar-se-ia a Itália, Espanha e Israel, países onde já foram aprovadas, no início de 2013, leis contra modelos muito magras, em passerelas ou campanhas publicitárias.
“É importante poder dizer às modelos de moda que elas precisam de comer bem e cuidar da sua saúde, especialmente para as mulheres jovens, que vê as modelos como um ideal estético,” disse a ministra da Saúde, Marisol Touraine à BFM TV na passada segunda feira.
A lei iria impor verificações de peso regulares e multas de até 75.000 euros por quaisquer violações, com até seis meses de prisão para o pessoal envolvido, disse Olivier Veran, deputado socialista que escreveu as alterações, ao jornal Le Parisien.
As modelos teriam de apresentar um atestado médico que mostre um Índice de Massa Corporal (IMC) de pelo menos 18, cerca de 55 kg para uma altura de 1,75 m, antes de serem contratadas para um trabalho e durante algumas semanas depois.
As alterações da lei também propõem sanções para qualquer coisa que possa ser visto como um estímulo a magreza extrema, nomeadamente sites pró-anorexia que glorificam estilos de vida pouco saudáveis.
Em 2007, Isabelle Caro, uma ex-modelo francesa de 28 anos de idade, anoréxica, morreu depois de posar para uma campanha fotográfica com vista à sensibilização quanto à doença.
Em França existem entre 30-40.000 pessoas que sofrem de anorexia, na sua grande maioria adolescentes, disse Veran, que é médico.