O vídeo que anda agora a circular pelos órgãos de comunicação social internacionais remonta a 27 de junho de 2012. As imagens, no mínimo surpreendentes, mostram Sara Brautigam, uma jovem britânica de 21 anos, deitada numa cama de hospital enquanto está a ter aquilo que, à primeira vista, é semelhante a um ataque cardíaco.
Na verdade, trata-se de uma manifestação da Síndrome de Taquicardia Postural Ortostática (POTS na sigla inglesa) e que consiste, basicamente, no aumento anormal da frequência cardíaca – facto que está bem visível no vídeo.
Os médicos assistentes do Hospital Northern General, em Sheffield, Reino Unido, foram os responsáveis pelas filmagens que Sara consentiu partilhar para dar a conhecer a doença.
“Na realidade até foi um ataque suave. O meu batimento cardíaco está muito acelarado. Depois, fico mais calma e é quando os médicos e enfermeiros se reúnem todos à minha volta”, conta a jovem ao Mail Online.
Por 36 vezes, a jovem foi considerada pela equipa médica como “morta”.
“Eles [os médicos] não me podem fazer reanimação cardiorrespiratória porque isso põe o coração em esforço e é completamente inútil. (…) É caso para me deixarem ali e rezarem”, esclarece.
A jovem admite já ter contactado pessoas que sofrem da mesma doença mas ninguém referiu ter passado pelo mesmo episódio em que o coração deixa, simplesmente, de bater.
Esta história tem deixado muita gente curiosa sobre o que acontece no momento em que o coração deixa de bater, e em que “morre” por um período de tempo. “Tenho sido questionada por isso e não há, definitivamente, uma luz brilhante. Fica tudo preto”, disse.
Com apenas 21 anos, Sara Brautigam vê-se impossibilitada de trabalhar e de ter uma vida social ativa uma vez que está completamente condicionada pela doença: “todos os meus sonhos foram por água abaixo. Não posso trabalhar porque preciso de um emprego que seja muito flexível. Depois disseram-me que não podia conduzir. Foi como se me tivessem tirado tudo das mãos”, contou ao Mail Online.