Um estudo desenvolvido por cientistas espanhóis das universidades das Ilhas Baleares e San Pedro, descobriu que certos componentes dos protetores solares, ao serem levados para o mar, podem tornar-se tóxicos para os seres vivos. Em causa estão o dióxido de titânio e o óxido de zinco que, em reação com a luz solar e consequentes raios ultravioleta, formam novos compostos, como o peróxido de hidrogénio, extremamente prejudiciais para o fitoplâncton, de que se alimenta a vida marinha.
De acordo com o estudo – publicado no ACS Journal Environmental Science & Technology – as amostras retiradas do mar de uma praia de Maiorca, no Mediterrâneo, mostram que o dióxido de titânio (proveniente dos protetores solares) foi em grande parte responsável pelos elevados níveis de peróxido de hidrogénio nas água costeiras.
O impacto na cadeia alimentar dos animais marítimos pode, asseguram os cientistas, assumir grandes proporções.
Dois dos investigadores, Antonio Tovar-Sanchez e David Sánchez-Quiles, deixam, no entanto, o alerta: os protetores solares são indispensáveis para proteger a pele dos raios solares.