Sobrevoar a baía de Cascais de cabeça para baixo é uma sensação de pura adrenalina. E pilotar o avião deve ser fabuloso, mas para os melhores do mundo será comparável a estar sentado numa esplanada a apreciar as vistas. De sexta-feira a domingo, 4 a 6 de julho, 16 pilotos de elite vão competir na primeira edição de uma corrida de aviões inspirada nas Reno Air Races, criadas, nos Estados Unidos, por um veterano da Segunda Guerra Mundial. Saiba quem são três deles.
Jessy Panzer – Mulher entre homens
É contagiante o entusiasmo e a paixão pelo que faz. A americana, de 34 anos, começou a competir em 2003 e hoje está entre os melhores pilotos do mundo. A única mulher em competição, muito elogiada pelos seus rivais, não será para preencher uma quota que entra na corrida. “Ela merece estar aqui porque é mesmo fantástica”, diz o piloto Fernando Marinho Pereira. Jessy irá aos comandos de um Pitts S2b, um clássico biplano (tem dois pares de asas) igual ao avião da foto, que pertence ao comandante da TAP Luís Garção, um dos melhores pilotos de acrobacia em Portugal. Ambos partilham o gosto por este modelo que fez história na Segunda Guerra Mundial.
Santiago Sampietro – E o dragão vermelho
Nascido na Argentina, há 35 anos, o bem-disposto piloto de origem italiana pertence ao team elite da Classe Extreme. Santiago faz acrobacias desde 2007 e começou a participar em competições no ano seguinte. Nos próximos três dias, vai sobrevoar a baía de Cascais no seu Extra 300 SC, que traz um dragão desenhado. Sente-se confiante e em forma para mais uma exibição, embora saiba que os seus adversários são grandes profissionais. “Vai ser uma prova difícil”, diz, para logo largar mais uma gargalhada.
Fernando Marinho Pereira – E o seu Classe ‘Vintage’
Ansioso para que chegue o próximo fim de semana, e torcendo para ver um português ganhar, “é claro!”, Fernando, de 49 anos, participará nesta competição com a sua “relíquia” YAK 52, uma aeronave de treino soviético que faz parte da Classe Vintage da competição. Comandante e instrutor na TAP, desde 1999, além de piloto de acrobacia há 14 anos, o português não se imagina a fazer outra coisa. “Adoro o que faço.”