Segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, mais de um terço da população portuguesa sofre de pelo menos uma doença alérgica. Enquanto alergias ao pólen, pó ou pelos de animais são bastante comuns, outras só são descobertas por acaso.
1. Toalhitas de bebé
Quando uma empresa de toalhites trocou o uso de parabenos pelo conservante químico metilisotiazolinona, frequentemente utilizado noutros produtos, deu origem a uma série de erupções cutâneas em mães e bebés. Descobrir a alergia a este conservante só foi possível depois da sua aplicação nas toalhitas, por serem mais amplamente utilizadas.
2. O creme que usou durante toda a sua vida
Se for geneticamente suscetível a ser alérgico a um determinado produto químico, usar um produto que o contenha é como jogar na roleta russa. Pode ter usado um certo tipo de creme durante anos sem qualquer problema, e chegar um dia em que este lhe provoca uma reação alérgica. Depois não há escapatória: uma vez alérgico, alérgico para o resto da vida.
3. Anti-histamínico
Depois de uma picada de inseto pode recorrer a um anti-histamínico para aliviar a comichão. Se no dia seguinte a comichão prevalece, aplica mais creme. Vários dias depois, uma simples vermelhidão evoluiu para uma dermatite. Ironicamente, pode significar que é alérgico a um produto utilizado no alívio de sintomas alérgicos.
4. Camas
Os ácaros apreciam ambientes quentes e repletos de ADN humano. Estes seres microscópicos alojam-se frequentemente em colchões e lençóis e podem causar reações alérgicas. Para evitar partilhar a cama com ácaros potencialmente alergénios, não se esqueça de lavar os lençóis da sua cama todas as semanas, com água bem quente.
5. Plantas de casa
O bolor é um alergénio doméstico bem comum. A maioria das pessoas tem o cuidado de limpar as zonas húmidas da casa, mas geralmente não sabe que o bolor também pode formar-se nas folhas ou terra das plantas no interior de casa. Espalhe uma camada de cascalho no fundo de cada vaso para ajudar a drenagem, e mantenha as plantas em locais bem ventilados.
6. Escadas rolantes
Muitas pessoas são alérgicas à borracha natural ou latex. Evitar o uso de luvas borracha ou preservativos de latex é uma precaução comum, mas como este produto está presente em tantos locais, o simples toque pode causar uma reação alérgica. Por exemplo, ao apoiar as mãos no corrimão de uma escada rolante.
7. Unhas artificiais
Se for alérgico às resinas acrílicas presentes nas unhas artificiais, a sua manicura pode não correr tão bem como esperava… A reação pode levar a vermelhidão e inchaço das cutículas. Em casos raros, pode levar à queda das unhas naturais. Produtos para fortalecer as unhas, gel e fixante podem também conter químicos alérgenos.
8. Níquel… na comida
Em contacto com a pele, este metal pode desencadear reações alérgicas. Pessoas alérgicas ao níquel podem ainda adoecer, sentir dores nas articulações ou fadiga depois de consumirem alimentos ricos em níquel (feijões, ervilhas, nozes) durante mais de uma semana. A reação é mais lenta pelo que pode ser difícil de diagnosticar.
9. Condições atmosféricas
Se a alergia ao Sol afeta a vida de muitos, a alergia ao tempo frio é mais rara. Quem sofre desta alergia pode sentir vermelhidão, inchaço e, comichão na pele quando exposta ao frio. Há ainda quem seja alérgico à água (andar à chuva será ainda mais desagradável) e ao calor.
10. Carne vermelha
Uma picada de carraça pode ser suficiente para não poder comer um bife. Pelo menos é o que defendem Thomas Platts-Mills e Scott Commins, dois cientistas que tentaram identificar a origem de uma súbita reação alérgica à carne vermelha. As picadas de carraça podem fazer com que o sistema imunitário se torne mais sensível a um conjunto de açúcares presentes neste tipo de carne.