O procedimento feito por cientistas da Universidade da Pensilvânia, que nunca tinha sido testado em humanos, fez aumentar as defesas dos pacientes contra o VIH através da substituição de algumas de suas células imunológicas naturais por versões geneticamente modificadas. Os exames feitos nos voluntários do estudo mostraram que as células resistentes à doença multiplicaram-se no organismo.
Os cientistas fizeram a recolha dos glóbulos brancos do sangue de cada um dos doentes infetados e em seguida, trabalharam na sua mutação para que as mesmas ficassem resistentes ao vírus. Posteriormente reintroduziram-nas nos pacientes.
A metade dos pacientes voluntários foram retirados os seus medicamentos habituais, durante três meses, período ao longo do qual os cientistas foram avaliando a presença do VIH.
“Esta é potencialmente uma nova terapia para o tratamento do VIH, contralutam-se os investigadores Bruce Levine e Carl June, sublinhando “não gostar de falar em cura, especialmente em relação ao VIH”.
Os cientistas recordam que redobraram a esperança quando, em 2008, um paciente infetado com o vírus da sida ficou efetivamente curado. Timothy Brown, conhecido também como “o paciente de Berlim”, sofria de leucemia e fez um transplante de medula óssea, depois de ter sido submetido a esta terapia de modificação genética das células.
A Organização Mundial de Saúde estima que em 2012, 35,3 milhões de pessoas no mundo tenham sido infetadas com o HIV, tendo cerca de 1,5 milhões de pessoas morrido de causas relacionadas com SIDA.