Investigadores da universidade de Cambridge estão a dar os primeiros passos no desenvolvimento de uma ferramenta que pode ajudar a prever a ocorrência de depressões clínicas em adolescentes.
A investigação procurou níveis elevados de cortisol, uma hormona geralmente associada ao stress em 1,858 adolescentes, que foram também inquiridos quanto ao seu humor.
Choro muito frequente, sentimentos de infelicidade, solidão, falta de interesses, fadiga extrema, inquietação, desconcentração, sensação de incompetência e de que se é mal-amado pelos outros e por si mesmo, foram os sinais procurados nos adolescentes.
Os adolescentes que apresentaram estes sintomas e níveis de cortisol elevados apresentavam um risco 14 vezes superior de vir a desenvolver uma depressão do que aqueles que apenas apresentavam sinais isolados.
Um em cada seis jovens inseria-se na categoria de maior risco e metade dos rapazes foi diagnosticado com depressão clinica durante os três anos de duração do estudo.
O método revelou-se muito menos assertivo em raparigas, cujos níveis de cortisol são naturalmente mais elevados.
A adolescência e o início da idade adulta representam um período crítico para a saúde mental: cerca de 75% das patologias psicológicas manifesta-se antes dos 24 anos.