A tendência apareceu, tímida, no verão passado. Reinventou-se o look do final dos anos 1980, com alguns apontamentos fluorescentes.
Este ano, perdeu-se a vergonha e o medo de ofuscar. Quanto mais cor, melhor, refletindo-se em toda a roupa e acessórios.
O que começou por ser uma tendência streetwear, avançou passarela adentro. Oscar de la Renta, Louis Vuitton ou Christian Dior, por exemplo, incorporaram estes tons vibrantes nas coleções de primavera-verão.
Dita a moda que os néons vão bem com cores neutras, para sobressaírem como deve ser. Também casam na perfeição com roupa preta, aumentando, assim, o contraste.
Proibido, só mesmo abusar das peças fluorescentes, em looks integrais. Há quem diga que os períodos recessivos puxam para a compra de peças coloridas, que funcionam como pequenos pormenores capazes de alegrar um guarda-roupa com pouca renovação.
Uma explicação plausível, que pode ter sido válida nos idos de 80, quando se deu a primeira explosão de néons, altura em que Portugal lidava também com a intervenção do Fundo Monetário Internacional.
Nessa época de chumaços e cabelos exagerados, os tons elétricos estavam associados aos adolescentes.
Hoje já não são apenas os teenagers a aderir: os néons são válidos para todas as idades, com maior ou menor irreverência, consoante a personalidade de cada um.
Os amarelos, laranjas e verdes são mais populares na roupa masculina, enquanto as mulheres podem optar por uma panóplia que vai dos rosas aos azuis, com maior predominância dos amarelos e dos verdes. Tudo a combinar com a pele dourada pelo sol…