A mãe, uma professora de Artes Visuais, de 40 anos, que viria a ser encontrada morta a pouca distância da viatura onde estavam os filhos, de 12 e 13 anos, também mortos, tinha perdido a custódia dos dois irmãos dias antes do crime.
Numa nota divulgada segunda-feira, a Segurança Social afirma que, “a 23 de Janeiro 2013, teve lugar audiência judicial na qual foi aplicada a medida de promoção e protecção de ‘apoio junto do pai’, com efeitos imediatos, ficando também definido que as visitas da mãe aos filhos apenas se realizariam em casa de familiares e sob a sua supervisão”.
No mesmo documento, a instituição acrescenta que, no âmbito de um processo de Promoção e Protecção no Tribunal de Família e Menores, os serviços da SS “acompanharam o caso, tendo emitido parecer de retirada das crianças à mãe”, que viria a ser encontrada morta a pouca distância da viatura onde estavam os filhos, de 12 e 13 anos, também mortos.
“Nesse ano, o processo seguiu para tribunal. Tentámos intervir, mas como não estavam reunidas todas as condições para que se pudesse agir, e como a instituição não pode actuar sem a autorização dos pais, o processo seguiu para o Tribunal de Família e Menores de Cascais”, explicou o presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Oeiras, João Belo, à agência Lusa.
Segundo fonte policial, a avó, quando foi ouvida pelas autoridades, disse que a mãe das crianças tinha problemas de depressão.
As autoridades policiais foram alertadas, cerca das 19h30 de domingo passado, por um segurança, o qual informou que se encontrava, desde o dia anterior, uma viatura nas imediações dos dormitórios da faculdade.
De acordo com as informações que têm surgido na comunicação social, as primeiras suspeitas apontam para que a mãe tenha envenenado as crianças e comitido, posteriormente, suicídio. Há, aliás, a informação de que terá deixado três cartas: uma para o atual companheiro, outra para o ex-marido e outra para seus pais.