Danann Tyler, 9 anos, vive nos Estados Unidos e sempre gostou de brincar com brinquedos de rapariga. Desde muito pequeno que protestava sempre a mãe tentava vesti-lo com roupa de rapaz.
Aos dois anos de idade, Danann disse aos pais que era uma menina. Na época, Sarah, instrutora de ioga, e Bill, um polícia, acreditavam que a atitude da criança era apenas uma brincadeira e nunca não levaram muito a sério as atitudes e reações do filho.
Mas Danann nunca desistiu: queria usar roupas femininas, deixar crescer o cabelo. “Ele gritava sempre que eu tentava vesti-lo com roupa de rapaz. Quando chegava ao berçário ele estava a brincar com uma cozinha e nunca com carros ou super heróis” conta a mãe.
O tempo passou, Danann continuou a afirmar que era uma menina. A situação complicou-se aos 4 anos. “Eu encontrei-o a tentar cortar o próprio pénis com uma tesoura”, disse Sarah. “Ele estava calmo e disse-me que queria livrar-se daquilo”.
Sempre que possível, Sarah fazia a vontade ao filho e permitia que utilizasse roupa e acessórios femininos. O marido não gostava da atitude do filho e a situação gerou um conflito familiar. O pai queria outra atitude, eu apenas pretendia que o meu filho fosse feliz”.
Na escola, o comportamento do rapaz não era diferente e tentava usar a casa de banho das raparigas. No início, as outras crianças hostilizaram-no e chegou a ir para casa com arranhões.
Os pais do menino só decidiram procurar ajuda depois de a criança saltar do carro em movimento a gritar que queria morrer porque a mãe não tinha permitido que ele usasse um vestido para ir a uma festa.
Um psiquiatra acabou por diagnosticar alterações frequentes de identidade.
Sarah e Bill aceitaram que ele deixasse o cabelo crescer e passasse a usar roupas femininas para alegria de Danann.