Mário Bettencourt Resendes foi director do Diário de Notícias, assim como Provedor do leitor no mesmo jornal, tendo desempenhado ainda funções de comentador de política nacional em orgãos de informação como a SIC ou a TSF.
O jornalista Adelino Gomes realçou hoje o “equilíbrio” com que Mário Bettencourt Resendes transmitia a sua opinião quando intervinha publicamente, que classificou como “um exemplo para os profissionais”.
“Ele tomou uma posição quase quotidiana na vida nacional, nos editoriais, nos comentários que fazia da vida política, na difícil tarefa de ser o provedor do jornal que dirigiu durante tanto tempo e onde tinha tantos amigos, e enfrentou esses desafios profissionais de uma forma que que não é muito popular, que é com equilíbrio, procurando dar as mil faces daquilo ele entendia ao olhar o mundo, o seu país, e os seus contemporâneos”, salientou Adelino Gomes.
Um “homem nobre” e “atento” que “foi um dos grandes jornalistas portugueses” é a forma como comentador político Luís Delgado descreve o jornalista Mário Resendes.
“Deixa uma marca fundamental no jornalismo, de qualidade, de inteligência, de bom senso”, afirmou à Lusa Luís Delgado, sublinhando que Mário Resendes “foi um dos grandes jornalista portugueses”.
Também o diretor do Diário de Notícias, João Marcelino, destacou o seu antecessor como “um homem muito rigoroso” e considerou a sua morte como “uma perda importante para o DN, mas também para a profissão”.
“Era também uma pessoa com uma opinião muito forte, essa era a parte mais mediática da vida dele, como comentador, nas rádios, nas televisões, mas, sobretudo, o que guardo dele é essa sua obstinação para que o jornalismo fosse substantivo, que é aquilo que deve ser sempre”, afirmou João Marcelino.
