“A reabertura vai obedecer ao sistema de circulação definido e aprovado na semana passada em reunião de Câmara”, afirmou António Costa aos jornalistas, durante uma visita às obras do Terreiro do Paço.
O autarca não quis apontar uma data concreta para a conclusão de todas as obras que decorrem no local, que se iniciaram fará no dia 16 de Junho exactamente quatro meses, e consequente reabertura da circulação automóvel na Avenida da Ribeira das Naus.
O novo modelo de circulação passa pela a utilização da Rua da Alfândega e Rua do Arsenal exclusivamente por transportes públicos.
O transporte individual fica confinado à Avenida da Ribeira das Naus, com uma faixa em cada sentido, e a circulação automóvel estará interdita nas laterais do Terreiro do Paço.
António Costa destacou o “ganho de espaço público” que esta decisão representa, facilitando o acesso ao rio.
A autarquia continuará a aconselhar a circulação nos percursos alternativos que foram usados durante os últimos quatro meses para “evitar a frequência da Ribeira das Naus”.
“O futuro da cidade vai ser feito para as pessoas e não para os automóveis”, sustentou.
Apesar de reconhecer que estes quatro meses foram “difíceis”, o autarca sublinhou que em relação à situação actual, o espaço para a circulação automóvel vai duplicar.
Nos últimos quatro meses, o Terreiro do Paço foi objecto de diversas intervenções, a cargo de diferentes entidades: a consolidação do torreão Poente (Sociedade Frente Tejo), obras de drenagem e saneamento (autarquia), construção de um colector de águas pluviais (Simtejo) e substituição de uma conduta de abastecimento de água (EPAL).
As obras levaram a descobertas arqueolótgicas, tendo o engenheiro responsável pela obra da EPAL, Abel Luís, garantido que foram preservados “todos os achados arqueológicos que o IGESPAR identificou como sendo de preservar”.