Em declarações à Lusa, Fernando Barbosa considerou que o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, “foi o que teve menos culpa” pela derrota eleitoral de domingo.
“Foi muito mau, foi mau de mais. Demos o nosso melhor e pensávamos que pelo menos um deputado por Lisboa elegíamos. Mas nem por Lisboa, nem pelo Porto”, disse.
O CDS-PP perdeu o deputado eleito pelo círculo do Porto em 2019, ficando-se por 1,46% dos votos, quando nas últimas legislativas atingiu 3,34%.
“Depois do que aconteceu dentro do partido, das guerras internas, de uma comunicação social orquestrada para acabar com o CDS, do erro – agora está visto que foi um erro – do PSD em não coligar connosco, deu nisto”, considerou Fernando Barbosa.
Para o líder da distrital centrista, “nisto tudo, quem menos teve culpa foi o presidente do partido”.
Isto porque, disse, “não houve 15 dias de paz desde que o Francisco [Rodrigues dos Santos] foi eleito, constantes ataques internos”.
Fernando Barbosa salientou que “hoje deve haver muita gente arrependida”.
“Quem fez tudo para destruir o presidente do partido hoje percebeu que destruiu foi o próprio partido”, realçou.
O PS alcançou a maioria absoluta nas legislativas de domingo e uma vantagem superior a 13 pontos percentuais sobre o PSD, numa eleição que consagrou o Chega como a terceira força política do parlamento.
Com 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando estão ainda por atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, António Costa alcança a segunda maioria absoluta da história do Partido Socialista, depois da de José Sócrates em 2005.
O PSD ficou em segundo lugar, com 27,80% dos votos e 71 deputados, a que se somam mais cinco eleitos em coligações na Madeira e nos Açores, enquanto o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, a Iniciativa Liberal (IL) ficou em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco deputados.
A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado, e o Livre, com 1,28% também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer parlamentar.
A abstenção desceu para os 42,04% depois nas legislativas de 2019 ter alcançado os 51,4%.
JCR // JAP