Era uma vez a ceia de Natal da Direita. Nesta ceia, tem lugar a prima modernaça, ateia, que é uma profissional liberal de sucesso. Vive em Campo de Ourique e trabalha nas Amoreiras, conhece melhor Londres e Paris do que o resto do País. As suas ideias são iguais às do Bloco de Esquerda, excepto na economia. O problema desta prima é que, por ter sucesso, acha que o Estado não deve gastar com aqueles que não tiveram as mesmas oportunidades para subir na vida.
Se esta prima lhe lembra alguém da Iniciativa Liberal, não é por acaso. A farpa vem do CDS, na voz de Francisco Rodrigues dos Santos, que protagoniza um filme de natal humorístico em que caracteriza, e ironiza, familiares no espectro político da Direita portuguesa. Esta prima “moderninha” é “muito distante dos valores dos valores sociais e cristãos do CDS”, garante Chicão.
Nesta ceia de Natal, há também lugar para o primo mais novo, “sem maneiras”, que “tem umas ideias um bocado tontinhas”. Que “se diz anti-sistema, mas vem do sistema”, que diz “ser pela vida, mas tem uma posição dúbia sobre o aborto”, diz ser cristão, mas quer castrar pessoas e equaciona condená-las à pena de morte”. Desconfia o líder do CDS que este primo “não morre de amores pela democracia”. Em suma, é o “primo que todos querem ver pelas costas, porque não tem modos à mesa”. Se pensou no Chega, não será o único.
Por último, há o “irmão desaparecido em combate”, que este ano decidiu ir passar o Natal com a família de esquerda. Mais liberal nos costumes e cada vez mais socialista na economia. Pensou no PSD? Bingo! Diz Chicão que desconfia que esta escolha “vai trazer mais alguns presentes no sapatinho” ao CDS.
Na grande família do centro-direita português, “o CDS ocupa um papel central e absolutamente insubstituível”, resume o líder do partido.
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