Com o Chega? Não. Nem antes, nem depois das Eleições Autárquicas de 2021. Na mega coligação “Um Marco para Odivelas” – que une o PSD ao CDS, Aliança, MPT, PDR, PPM e RIR – não há espaço para o partido de Ventura, que pisa as “linhas vermelhas” de Marco Pina, o candidato a presidente.
Em entrevista ao Irrevogável (o programa semanal de entrevistas da VISÃO), o ex-árbitro e comentador desportivo da CMTV considerou ter condições para fazer aquilo que os seus antecessores – lista que inclui o também o televisivo Hernâni Carvalho – não conseguiram, quando concorreram à mesma câmara: acabar com a hegemonia socialista no território extraído a Loures há quase duas décadas. “Eu não acredito sequer que o Chega ou a Iniciativa Liberal consigam eleger um vereador. O voto útil dos eleitores desses partidos será claramente em mim, porque só eu conseguirei acabar com esses 22 anos de poder do partido socialista”.
Não nega poder ouvir “certas sensibilidades” se a governabilidade da autarquia fore colocada em causa, mas deixa claro que tem linhas vermelhas e que o Chega as pisa. “A questão do Chega aqui nem sequer se coloca”, continua. Quanto à Iniciativa Liberal, apesar de terem existido conversações para se juntar à coligação, o candidato afirma que o partido sempre lhe transmitiu vontade de entrar na corrida eleitoral sozinho.
Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril: “o timing e as verbas alocadas são pornográficas”
Questionado sobre a polémica nomeação do socialista Pedro Adão e Silva para presidir à comissão executiva das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o social-democrata mostrou-se indignado, não pela pessoa em si, esclareceu; mas porque “o timing e as verbas alocadas são pornográficas”.
De acordo com a resolução do Conselho de Ministros de 4 de junho, que aprovou esta comissão, Adão e Silva assume a responsabilidade de presidente até 31 de Dezembro de 2026, tendo entrado em funções no dia 7 de junho. Está previsto que o ex-secretário de nacional do PSD e comentador político receba, por mês, 3 745,26 euros, a que acrescem 780,36 euros em despesas de representação.
A Marco Pina, “vergonha é a palavra que ocorre neste momento”. “Os portugueses têm de sentir que há justiça na defesa da causa pública e quando veem este tipo de situações não podem ficar satisfeitos”.
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