“Este primeiro-ministro tem sido responsável por uma ação governativa que vai castigando cada vez mais os madeirenses”, declarou Francisco Rodrigues dos Santos no âmbito de uma visita à Madeira em campanha para as eleições autárquicas que se realizam no próximo domingo, 26 de setembro.
Depois de ter visitado no domingo o Paul do Mar, no concelho da Calheta, e o município da Ribeira Brava, o responsável centrista deslocou-se a Câmara de Lobos, que é governado pelo PSD desde 1976.
Francisco Rodrigues dos Santos realçou que o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, também vai estar hoje na Madeira, participando, no Funchal, num comício da coligação Confiança (PS, BE, MPT, PDR e PAN) e num jantar-comício com militantes socialistas, opinando que “deve ser confrontado” com esta postura do Governo da República em relação a esta região autónoma.
Recordou que quando o Executivo da Madeira, de coligação PSD/CDS, solicitou um aval à República para contrair um empréstimo de 458 milhões de euros para “ajudar as famílias e empresas” afetadas pela pandemia da covid-19″, recebeu do Governo de António Costa uma “resposta negativa”.
Para Francisco Rodrigues dos Santos, esta atitude do Governo nacional do PS “foi um insulto e uma obrigatoriedade imposta” ao executivo insular para se “financiar a juros mais elevados, penalizando assim o orçamento das famílias e das empresas”.
“É importante que os madeirenses tenham noção de que nestas eleições também se julga a atitude que o PS tem tido para com a Região Autónoma da Madeira” nesta matéria.
O líder centrista sustentou que “se o Governo da República não quer ajudar, pelo menos que não atrapalhe”, argumentando que o Governo Regional “já demonstrou que é competente para lidar com os destinos da Madeira, só quer ter os instrumentos necessários para poder aplicar a sua fórmula de ajuda” no atual contexto de pandemia.
“O que este Governo socialista tem feito consecutivamente é virar as costas aos madeirenses, castigando sempre que pode ajudar e atrapalhando a ação deste Governo [Regional]”, vincou.
Também considerou que António Costa deve ser confrontado com o facto de a transportadora nacional, a TAP, ter cancelado a ligação direta para a ilha do Porto Santo, porque, argumentou, “voltou a pedir quatro mil milhões de euros aos portugueses para tapar o buraco” da empresa, “mas esqueceu-se dos porto-santenses”.
Salientou que os porto-santenses e os portugueses estão a pagar dos seus impostos estes prejuízos da TAP, que a empresa pratica “preços exorbitantes”, mas “não cumpre com as suas obrigações para com os contribuintes deslocados na sua insularidade”.
“É que se a TAP não serve para isto, então também não serve para receber o dinheiro dos porto-santenses e de todos os portugueses que gostam de viajar para Porto Santo”, enfatizou.
Francisco Rodrigues dos Santos ainda realçou que o Governo Regional “tem alertado para este problema, mas mais uma vez esbarra na indiferença e na insensibilidade social a que António Costa e o seu Governo têm vota a Região Autónoma da Madeira”.
AMB // FPA