Marcelo Rebelo de Sousa confirmou o “choque” com António Costa.
Foi (insistentemente) noticiado, ao longo do dia, que o Presidente da República considerava que João Galamba não tinha condições para continuar no Governo. O primeiro-ministro, por sua vez, assumiu continuar a “contar” com o ministro das Infraestruturas – afirmando que acredita na versão de Galamba no caso TAP, envolvendo o ex-adjunto Frederico Pinheiro.
Em comunicado, Marcelo Rebelo de Sousa admite que “discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à perceção deles resultante por parte dos Portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”.
Eis o comunicado da Presidência da República completo:
“O Ministro das Infraestruturas apresentou hoje o seu pedido de demissão, invocando razões de peso relacionadas com a percepção dos cidadãos quanto às instituições políticas.
O Primeiro-Ministro, a quem compete submeter esse pedido ao Presidente da República, entendeu não o fazer, por uma questão de consciência, apesar da situação que considerou deplorável.
O Presidente da República, que não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do Primeiro-Ministro, discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à percepção deles resultante por parte dos Portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”.