“Sou muito mais à esquerda do que o meu filho, de longe!”. Américo Santos, 71 anos, pai do ministro das Infrastruturas e da Habitação, puxa das convicções e nem o facto de o grupo empresarial que divide com outro sócio ter sido arrastado, nas últimas semanas, para a polémica das alegadas “incompatibilidades” de Pedro Nuno Santos, o leva a mascarar o seu perfil.

O facto de o governante ter uma quota de 0,5 por cento na Tecmacal e a empresa ter ganho contratos públicos e conquistado incentivos do Estado, não o apoquenta e o seu caráter e personalidade são atestados até por adversários políticos: “Tenho-o por homem sério, honrado e decente, com uma vida empresarial de mérito e um sentido de serviço público”, diz Castro Almeida, ex-governante do PSD e antigo presidente da Câmara de São João da Madeira.
Américo Santos abriu à VISÃO o livro da sua vida e a porta das fábricas, sem fugir à polémica do momento que atinge o filho: “Entre nós não há estratégias nem esquemas. Ambos sabemos as fronteiras e nunca foi preciso conversar sobre isso”. Dirigente da maoísta FEC (ML) no “Verão Quente” de 1975, amante de bons carros, o pai de Pedro Nuno Santos só entrou para o PS já neste século pela mão do filho, no qual, confessa, revê algumas das suas facetas: “O desprendimento, a convicção. Gosto muito do Pedro, mas o percurso de vida é dele, e só dele.” Empresário de sucesso, diz, afinal, até se candidata a menos concursos públicos do que podia e deveria. “Somos a empresa de referência do mercado”.
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