“Temos a legitimidade e a responsabilidade histórica, e política, de não deixar os Açores ficarem para trás. Temos a responsabilidade de levar os Açores para a frente”, afirmou Vasco Cordeiro no XVIII Congresso Regional, que terminou hoje na cidade da Horta, ilha do Faial.
Depois de o PS ter estado 24 anos na governação da Região, e de ter perdido o poder para a coligação PSD/CDS-PP/PPM, Vasco Cordeiro tem “um sonho e uma ambição” – de “liberdade, solidariedade e respeito” no futuro dos Açores.
O líder do PS/Açores, reeleito em abril para um quarto mandato como presidente da estrutura regional, com 97,7% dos votos, alertou que a política nos Açores “corre o risco de se tornar mais numa batalha campal do que num debate sério sobre o futuro”.
“O nosso passado interessa muito menos, a nós e aos açorianos, do que a nossa capacidade de ajudar a construir um futuro melhor para todos”, frisou.
Vasco Cordeiro frisou que o PS foi o partido mais votado nas eleições regionais de 2020 e que, “mesmo tendo legitimidade parlamentar, o atual Governo Regional — de coligação PSD/CDS-PP/PPM, apresenta-se como duplamente derrotado pelos açorianos”, até porque “nenhum dos partidos que o compõem saiu vencedor” no escrutínio.
“Este Governo é uma coligação de derrotados”, acusou.
Durante o congresso, o PS teve a oportunidade “de analisar e refletir sobre a atuação passada, mas, sobretudo, delinear a estratégia de futuro, abrindo um novo ciclo, uma nova fase”, disse.
Está em causa “um novo tempo da intervenção e ação do PS”.
“Para os que alimentaram a ideia de que este congresso seria um espetáculo de choro, grito e ranger de dentes, tenho uma novidade: o melhor do PS Açores está de volta para o combate pelo futuro dos Açores”, sublinhou.
De acordo com o líder regional, “está de volta o PS Açores do entusiasmo, da alegria, do desassombro”.
“O PS que não tem receio, que tem orgulho no contributo que deu e quer ainda mais dar ao futuro da região. Está de volta o melhor PS para servir os Açores e os açorianos”, notou.
O PS, disse, está “coeso, unido e consciente de que discutir o partido só faz sentido se for para ajudar a construir mais progresso para os açorianos”.
“O nosso passado interessa muito menos a nós e aos açorianos do que a nossa capacidade de ajudar a construir um futuro melhor para todos”, defendeu.
Vasco Cordeiro criticou quem diz que, por ter estado no Governo Regional durante 24 anos, o PS “não pode agora apreciar ou contribuir”.
“Dizem que, após 24 anos do PS, é a vez deles. No fundo, o argumento, na candura da sua lógica infantil, compara a dinâmica política da nossa autonomia ao jogo infantil do agora jogas tu, agora jogo eu”, criticou.
Para o responsável, “essa tentativa grosseira de tentar limitar o trabalho futuro e presente do PS não pode passar”.
“No que depender de nós, não passará”, assegurou.
Assim, o PS começa “este novo ciclo com a consciência muito atual das suas responsabilidades”.
“Não podemos hesitar em dizer que temos uma legitimidade e responsabilidade histórica de não deixar que os Açores fiquem para trás. O que foi possível construir e alcançar durante o período em que o PS foi responsável no governo não pode permitir qualquer tibieza em combater a mentira ou compactuar com as meias verdades”, defendeu.
ACG // ACL