As revistas e os jornais deixaram de estar à venda no interior da Assembleia da República. No início deste ano civil, a papelaria do Parlamento encerrou portas, por falta de interessados na exploração do espaço, situação que se tornou agora permanente e definitiva, no início desta legislatura. A papelaria – frequentada por deputados, funcionários e visitantes –, um dos ex-libris da Casa da Democracia, funcionava no piso principal do Palácio de São Bento, mesmo junto ao hemiciclo, mas terá sido “vítima” dos tempos, não resistindo à queda abrupta dos números daquele negócio.
Durante décadas, a papelaria do Parlamento vendeu todo o tipo de revistas e de jornais, mas também outros produtos, como canetas e cadernos; tabaco ou jogos da Santa Casa também se contabilizavam nas ofertas disponíveis – a descida das vendas em banca das revistas e dos jornais terá sido, porém, o fator mais decisivo para este desfecho.
O secretário-geral da Assembleia da República, Albino de Azevedo Soares, explicou à VISÃO que “o encerramento do espaço decorreu da ausência de empresas que se tenham candidatado à sua exploração”, acrescentando ainda, por outro lado, que “essa ausência dever-se-á, com elevada probabilidade, à dificuldade já notada pelos anteriores concessionários em assegurar viabilidade económica à exploração em causa”.
Em alternativa, as revistas e os jornais “continuam a estar diariamente disponíveis na sala de leitura da Biblioteca Passos Manuel (também no interior da Assembleia da República) e, mais recentemente, na Cafetaria” (embora, neste caso, apenas jornais diários), confirmou Albino de Azevedo Soares.
Encerramento decorreu da ausência de empresas que se tenham candidatado à sua exploração [e] (…) à dificuldade (…) em assegurar viabilidade económica
Albino de Azevedo soares, secretário-geral da ar
No lugar anteriormente ocupado pela papelaria do Parlamento vai agora “nascer” um novo espaço de lazer e convívio, com a colocação de mesas e cadeiras, que vão dar apoio à cafetaria que se mantém a funcionar naquele local, sabe a VISÃO.
Apesar do fim deste serviço, o secretário-geral da Assembleia da República sublinha que todos os deputados, tanto os grupos parlamentares, como os deputados únicos – casos de Rui Tavares (Livre) e de Inês Sousa Real (PAN) –, “continuam a ter acesso a títulos de imprensa à sua escolha, tanto em papel como na sua versão digital”.
